Música do diabo?


 Música do diabo na casa do Senhor...Surpresa


Algumas perguntas são comuns em encontros de louvor e adoração ou em cursos livres voltados para este segmento em qualquer parte do Brasil.

O nosso propósito como igreja é cooperar com o corpo de Cristo para o crescimento e edificação de forma sustentável

Alguns anos atrás um livro de um autor americano foi muito divulgado no Brasil, haja vista  o assunto abordaddo ser muito polêmico.

O cuidado que devemos ter com qualquer livro é examina-lo à luz das Escrituras, pois é a Palavra que elucida qualquer tipo de questionamento.

O autor deste livro afirmava que a utilização de um determinado estilo de música pela igreja era uma verdadeira profanação.

Esta afirmação me parece revestida de um entendimento particular e extremado, sem fundamento nas Escrituras.

A afirmação da natureza diabólica de um estilo acaba gerando a possibilidade de outros estilos serem estigmatizados da mesma forma e com isso gerando mais divisão.

A extrapolação é o exagero potencializado sem fundamentação acerca de um determinado assunto. Alguns autores extrapolam quando conferem uma elasticidade maior que o texto pode suportar.


O autor ou qualquer pessoa que estabeleça um determinado estilo como de orígem satânica, logicamente terá a obrigatoriedade de relacionar aqueles que são de orígem divina.

Partindo do princípio que conhecemos apenas uma verdade absoluta, Jesus, qualquer afirmação coerente, lógica, extrapolada, reduzida ou distorcida deverá ser examinada partindo do princípio de sua relativização.

As afirmações humanas são verdades relativas e devem ser colocadas em prova.

É lamentável elucubrações neste sentido, pois gera mais conflitos do que edificação do corpo de Cristo.

A história nos ensína que afirmações desta natureza~são perigosas e como exemplo foi muito difundido que a televisão era também do diabo. Entretanto muitos que afirmavam com tanta veemência possuiam nas casas deles um televisor. 

A igreja tem dificuldade em assimilar tudo que é moderno, pois é mais confortável permanecer no que foi estabelecido na história e que recebemos como herança.

Não podemos estigmatizar um estilo musical como sendo de orígem malígna quando contraria a história ou costumes da igreja. Algumas décadas passadas o cantor cristão e a harpa cristã, hinário,  gozavam de status de coisa sagrada. Um fato interessante a ser observado é que alguns estilos contidos nestes hinários outrora tiveram dificuldades de vencer a cultura e herança da época, como exemplo: os estilos executados em bares, casas de show, "saloons" etc. 

A música pode ser revestida de um estilo convencional "gospel", ter sido composta e interpretada por crentes, executada por músicos "evangélicos " e possuir essência maligna ou humana.

O fator principal a ser considerado é a vida de comunhão com Deus que os músicos, cantores e instrumentistas possuem diariamente. Uma "música gospel" interpretada por "crentes", engravatados à moda tradicional que vivam aprisonados por um espírito de prostituição, de adutério, de mentiras ou coisas semelhantes, torna-se uma profanação. Enquanto um "cabeludo guitarrista", de bermudas, tatuado e de chinelos, cheio de gratidão  a Deus entoará canções no santo dos santos. 

O fator diferencial não está no estilo musical; e sim, no coração. Jesus disse assim: "me louvam com os lábios, mas o coração está longe de mim".

O Eterno procura os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade; e não, um determinado estilo ou roupagem musical adequada a cultura local.


                        Denilson Araújo {#emotions_dlg.smile} Graça e paz!